Como Funciona o Cérebro

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Como o cérebro funciona?

Até 3 décadas atrás, tudo o que podíamos fazer para estudar o cérebro era observar os sintomas de pessoas com lesões ou dissecar cadáveres. Agora, além de poder analisar como os genes dão origem às moléculas da nossa cabeça, os cientistas conseguem até ver ao vivo que áreas do órgão são acionadas de acordo com um tipo de atividade.


Não é à toa que, a cada mês, surge uma nova pesquisa sobre o cérebro. A maioria delas acompanhada da promessa da cura de doenças como Parkinson, Alzheimer, esquizofrenia e depressão. Logo após anunciadas, contudo, elas revelam o quão o cérebro continua misterioso: qualquer descoberta, por menor que seja, traz uma imagem tão inovadora do seu funcionamento que ameaça varrer várias teorias estabelecidas sobre ele.

Apesar disso, os neurologistas já têm pistas de seus mecanismos básicos. Eles sabem, por exemplo, que o cérebro funciona por inteiro como uma espécie de sistema integrado. Ao entrar em atividade, contudo, cada uma de suas partes consome mais (ou menos) oxigênio de acordo com sua missão. Assim, a amígdala é mais ativada na hora de lidar com emocões, assim como as áreas de Broca e Wernicke se agitam quando associadas ao uso da linguagem. Apesar de termos mapeado essas diversas funções, sabemos pouco sobre como elas interagem.

O problema é de escala: como cada ponto visualizado em uma imagem de ressonância magnética funcional – a tecnologia mais usada para ver o cérebro – representa um cubo com 3 milímetros de lado, os neurocientistas não têm a menor pista de como essas áreas se comunicam. É bem possível que, se conseguirmos estudar o órgão mais a fundo, perceberemos que suas áreas isoladas não passam de partes de um sistema único.

Uma das formas de decifrar essa comunicação é estudando os neurônios em laboratório. Os cientistas já sabem que essas células disparam potenciais de ação, pulsos elétricos gerados quando a membrana libera ou absor ve átomos carregados magneticamente. Acredita-se que esses disparos sejam a principal forma de comunicação entre eles nas sinapses, os pontos onde as terminações de dois neurônios se encontram, e que seriam estimulados ou inibidos por algumas substâncias químicas, os neurotransmissores. Mas essa pode ser apenas uma das formas de comunicação. Já se sabe que, em alguns casos, os neurônios estão separados uns dos outros por apenas um furo. Em março deste ano, cientistas da Universidade de Copenhague, Dinamarca, propuseram um modelo em que a principal forma de comunicação entre essas células seriam ondas sonoras – e não a eletricidade.

Para piorar, nenhum desses circuitos é fixo. O que sabemos hoje é que o cérebro é bastante maleável. Ele não só produz novos neurônios a vida inteira (apesar de ninguém saber muito bem que uso eles têm), como modifica constantemente as ligações entre eles. Os circuitos que usamos para cada tarefa mudam com o tempo e com as atividades que desenvolvemos ao longo da vida.

Ninguém sabe também qual o destino final da interação entre as várias partes do cérebro. Pegue o processamento da visão, por exemplo, uma tarefa tão difícil que envolve cerca de metade do córtex, a maior e mais externa par te do cérebro. Sabemos que o olho codifica a luz em pulsos que chegam a uma estrutura no centro do cérebro chamada tálamo. Daí ela vai para o córtex, a princípio em uma área acima da nuca chamada v1 (de “visual 1”), depois se espalhando para as áreas mais frontais v2, v3, v4, v5 e, então... ninguém sabe. Como o cérebro usa esse processamento para dar origem à percepção ainda está além do nosso conhecimento.

O fato é que não temos um retrato fiel de como o cérebro processa essas informações. E talvez, no dia em que tivermos uma teoria como essa, teremos que reavaliar, mais uma vez, toda a sua estrutura de funcionamento.

http://super.abril.com.br/revista/240a/materia_especial_261502.shtml

segunda-feira, 11 de maio de 2009

segunda-feira, 27 de abril de 2009

No cérebro há uma distinção visível entre a chamada massa cinzenta e a massa branca, constituída pelas fibras (axónios) que entreligam os neurónios. A substância cinzenta do cerebro, o córtex cerebral, é constituído corpos celulares de dois tipos de células: as células de Glia - também chamadas de neurôglias - e os neurônios. O córtex cerebral humano é um tecido fino (como uma membrana) que tem uma espessura entre 1 e 4 mm e uma estrutura laminar formada por 6 camadas distintas de diferentes tipos de corpos celulares de neurônios. Perpendicularmente às camadas, existem grandes neurônios chamados neurônios piramidais que ligam as várias camadas entre si e representam cerca de 85% dos neurônios no córtex. Os neurônios piramidais estão entreligados uns aos outros através de ligações excitatórias e pensa-se que a sua rede é o «esqueleto» da organização cortical. Podem receber entradas de milhares de outros neurônios e podem transmitir sinais a distâncias da ordem dos centímetros e atravessando várias camadas do córtex. Os estudos realizados indicam que cada célula piramidal está ligada a quase tantas outras células piramidais quantas as suas sinapses (cerca de 4 mil); o que implica que nenhum neurônio está a mais de um número pequeno de sinapses de distância de qualquer outro neurônio no córtex.

Embora até há poucos anos se pensasse que a função das células de Glia é essencialmente a de nutrir, isolar e proteger os neurônios, estudos mais recentes sugerem que os astrócitos podem ser tão críticos para certas funções corticais quanto os neurônios.

As diferentes partes do córtex cerebral são divididas em quatro áreas chamadas de lobos cerebrais, tendo cada uma funções diferenciadas e especializadas. Os lobos cerebrais são designados pelos nomes dos ossos cranianos nas suas proximidades e que os recobrem. O lobo frontal fica localizado na região da testa; o lobo occipital, na região da nuca; o lobo parietal, na parte superior central da cabeça; e os lobos temporais, nas regiões laterais da cabeça, por cima das orelhas.

Os lobos parietais, temporais e occipitais estão envolvidos na produção das percepções resultantes daquilo que os nossos órgãos sensoriais detectam no meio exterior e da informação que fornecem sobre a posição e relação com objetos exteriores das diferentes partes do nosso corpo.

http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080309180214AAW289O

O cérebro humano é particularmente complexo e extenso. Ele é imovel e representa apenas 2% do peso do corpo, mas, apesar disso, recebe aproximadamente 25% de todo o sangue que é bombeado pelo coração. Se divide em 2 metades, o hemisfério esquerdo e o hemisfério direito. O seu aspecto se assemelha ao miolo de uma noz. É um conjunto distribuído de milhares de milhões de células que se estende por uma área de mais de 1 metro quadrado dentro do qual conseguimos diferenciar certas estruturas correspondendo às chamadas «áreas funcionais», que podem cada uma abranger até um décimo dessa área.

http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9rebro_humano

Partes do cérebro

Os seres mais simples têm os mais simples sistemas nervosos constituídos por arcos reflexos. Por exemplo, vermes achatados e invertebrados não possuem um cérebro centralizado. Eles têm associações separadas de neurônios, organizadas em arcos reflexos simples. Os vermes achatados possuem redes neurais, neurônios individuais conectados que formam uma rede ao redor do animal.

A maioria dos invertebrados tem cérebro simples que consistem em grupos localizados de corpos celulares neurais chamados de gânglios. Cada gânglio controla funções sensoriais e motoras em seu segmento através de um arco reflexo e os gânglios são conectados para formar um sistema nervoso simples. Conforme o sistema nervoso evoluiu, as cadeias de gânglios evoluíram para cérebros simples mais centralizados.

Principais divisões do cérebro
  • Medula espinhal
  • Tronco encefálico
  • Cerebelo
  • Cérebro anterior
    • Diencéfalo - tálamo, hipotálamo
    • Córtex cerebral
O cérebro evoluiu a partir dos gânglios dos invertebrados. Não importa o animal, um cérebro tem as seguintes partes:
  • tronco encefálico - o tronco encefálico consiste em bulbo, ponte e mesencéfalo; o tronco encefálico controla os reflexos e funções automáticas (freqüência cardíaca, pressão arterial), movimentos dos membros e funções viscerais (digestão, micção);

Os seres mais simples têm os mais simples sistemas nervosos constituídos
http://saude.hsw.uol.com.br/cerebro3.htm

Parte superior do cérebro

Massa cinzenta
O cérebro contém massa cinzenta (neurônios sem mielina) e massa branca (neurônios com mielina, que entram e saem do córtex).
O cérebro é a maior parte do encéfalo humano. O córtex contém todos os centros que recebem e interpretam informações sensoriais, iniciam movimentos, analisam informações, raciocinam e sentem emoções. Os centros dessas tarefas estão localizados em diferentes partes do córtex. Mas antes de falarmos sobre o que cada parte faz, vamos dar uma olhada nas partes do cérebro.

Partes principais do córtex cerebral
O córtex predomina na superfície exterior do cérebro. A área de superfície do cérebro tem cerca de 1.500 cm2 a 2.000 cm2, que é mais ou menos o tamanho de uma a duas páginas de um jornal. Para fazer essa área caber dentro do crânio, o córtex é dobrado, formando pregas (giros) e sulcos. Vários grandes sulcos dividem o córtex em diferentes lobos: o lobo frontal, o lobo parietal, o lobo occipital e o lobo temporal. Cada lobo tem uma função diferente.http://saude.hsw.uol.com.br/cerebro3.htm


O cérebro

Constitui a parte mais desenvolvida e mais volumosa do encéfalo, apresentando uma superfície rugosa onde se observam circunvoluções e compreende os dois hemisférios, esquerdo e direito, ligados entre si pelo corpo caloso. O esquerdo é responsável pelo controlo da metade direita do corpo e vice-versa, fenómeno fruto de um cruzamento de fibras nervosas no bulbo raquidiano.

Erradamente se afirma que o hemisfério esquerdo é, de uma forma geral, dominante em relação ao direito. Cada um dos hemisférios é dominante para um grupo de operações distintas, ou seja, a informação que chega a uma mesma região dos dois lados do cérebro é sentida igualmente por ambos, sendo no entanto interpretada de maneira diferente em cada hemisfério.

Apesar de muito estar ainda por descodificar respectivamente à relação entre anatomia e fisiologia cerebral, atribui-se frequentemente ao hemisfério direito o controlo sobre as percepções artísticas e espaciais e ao esquerdo uma maior envolvência nas tarefas de selecção de detalhes.

Em cada hemisfério é possível observar uma camada externa de substância cinzenta, o córtex cerebral, formado por neurónios e por células glia, e uma branca, que ocupa o centro, constituída principalmente por axónios e também por células glia.

As diferentes partes do córtex cerebral estão divididas em quatro lobos cerebrais distintos: O lobo frontal que fica localizado na região da testa; o lobo occipital, na região da nuca; o lobo parietal, na parte superior central da cabeça; e os lobos temporais, nas regiões laterais da cabeça (fig. 4).



Esta distinção é feita pois a diferenciação celular que ocorre durante o desenvolvimento embrionário, quando parte das células se diferenciam em células nervosas que migram para zonas específicas do sistema nervoso, consoante a sua especialização, dá origem a regiões com funcionalidades próprias.

Aquilo que hoje se sabe acerca das funções de diferentes partes do cérebro foi retirado da observação de lesões cerebrais e de activações observadas durante a realização de certas tarefas, com a recente ajuda do amital sódico, substância que quando injectada directamente numa artéria anula momentaneamente a função da região cerebral por ela irrigada.

Esta permitiu, por exemplo, verificar que a teoria de que a preferência pelo uso da mão direita estava relacionada com a dominância cerebral esquerda da linguagem estava errado. Hoje sabe-se que o hemisfério esquerdo é responsável pelos processos de linguagem na maioria dos dextros e em mais de metade dos canhotos e ambidextros, provando-se assim que tal associação não pode ser considerada funcional, e deriva de razoes genéticas.

Convém explicar este conceito de dominância esquerda relativamente à linguagem. Em 1861,o neurologista francês Paul Broca alertou para o facto das alterações da linguagem estarem directamente ligadas a lesões cerebrais no hemisfério esquerdo e identificou a sua localização no cérebro, ficando esta conhecida por área de Broca. Aliás, foi devido a esta descoberta que se considerou o hemisfério esquerdo o dominante, já que a linguagem era a sede da razão e aquilo que diferenciava o Homem dos outros animais.

Depois da descoberta de Broca verificaram-se diferenças anatómicas entre os dois hemisférios. Este facto deve ser realçado pois ao contrário do que muitos possam pensar, os hemisférios são morfológica e funcionalmente distintos, existindo assim uma assimetria entre ambos.

O desafio que se tem revelado mais difícil na história da fisiologia cerebral tem sido a atribuição de funções aos lobos temporais.

De facto, apesar de existirem regiões mais aptas a certos tipos de função, as funções cerebrais só são possíveis no funcionamento de todo o cérebro, sendo por isso difícil determinar especificamente as funções de cada uma das partes. Esta separação de funções é contudo mais válida no caso das regiões onde ocorrem eventos ligados ao acto motor (circunvolução frontal ascendente) e à sintetização de sensações que se traduzem numa percepção, que se sabem presentes no córtex motor e córtex sensorial, respectivamente, como indica na figura 4.

Com rigor se pode também afirmar que o processamento de informações relacionadas com a visão é feita no córtex occipital e que numa determinada área do lobo occipital, em torno do “rego calcarino” termina a via da retina que transporta essa informação visual para ser tratada.

Quanto ao lobo temporal sabe-se que dispõe de uma área relacionada com a audição. Já ao lobo parietal é atribuída a função de receber a informação proveniente dos receptores de sensibilidade que se encontram na pele espalhados por todo o corpo.

Pode-se ainda adiantar que a circunvolução frontal está ligada à ocorrência de fenómenos bioeléctricos relacionados com a motricidade, e a parietal com fenómenos ligados à sensibilidade do corpo.

No que diz respeito aos lobos frontais, muito resumidamente, admite-se que nestes decorra a maior parte da actividade relacionada com a execução de tarefas complexas, que não necessitam de integrar informação de outras partes do cérebro.

Quanto ao sistema límbico, as suas funções dizem respeito à memória e a aspectos afectivos.

Vários estudos experimentais foram realizados no sentido de atribuir funções aos lobos temporais e dois pontos foram tomados como cientificamente correctos: o lobo frontal activa-se durante o desempenho de provas de memória (com maior envolvência da face dorso-lateral do córtex) e no caso de provas de atenção verifica-se a activação da face interna dos lobos frontais.

O córtex frontal está anatomicamente dividido em córtex motor, ligado à motricidade, como já dissemos, córtex pré-motor que representa o córtex de associação motora, e córtex pré-frontal que recebe informação do córtex sensorial de associação e que está muito ligado ao sistema límbico. a função deste ultimo pode ser muito dificilmente isolada dado que os mecanismos aqui processados são muito complexos na integração de funções